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Farmácia Homeopática Bento Mure

R. Dr. Olavo Egídio, 379 - Tel. (11) 2977-9005

Escala 50 milesimal

    O precesso de preparação dos medicamentos na escala 50 milesimal foi introduzido por Hahnemann na 6ª ediçã do seu Organon, nos parágrafos 270, 271 e notas. Essa última edição foi completada por Hahnemann em fins de 1841. Em carta datada de fevereiro de 1842 dirigida ao seu editor Schaube, na qual iniciava os acertos para a publicação da 6ª edição do Organon, diz textualmente "... Eu terminei agora e após 18 meses de trabalho a 6ª edição do meu Organon, o mais recente e perfeito de todos ..."

  No estanto, essa edição ficou desconhecida do público devido a morte de Hahnemann aos 2 de julho de 1843, sem que ele tivesse tempo de publicá-la. Só em 1921 é que essa edição vem a público numa tradução para o inglês, essa 6ª edição foi adquirida dos herdeiros de melanie Hahnemann, por Richard Rael e William Boericke.

   

  Somente após a 2ª Guerra Mundial é que essa 6ª edição do Organon se propagou pelo mundo, e o primeiro trabalho importante sobre a 50 milesimal foi feita pelo francês A. Voegele, e publicado no jornal "L'Homoeopathic Française", de abril a maio de 1951.

   

  No Brasil, a 6ª edição do Organon só veio a ser publicada em 1962, pelo esforço do Dr. David Castro com a criação Editorial Homeopático, sendo assim, o conhecimento e o uso da Escala 50 Milesimal ficou atrasada.

   

  Com a leitura da 6ª edição do Organon pelo Dr. Galvão em 1975, ele procurou obter os medicamentos preparados na escala 50 Milesimal das farmácias brasileiras, no entanto, estas não os preparava, sendo que no Brasil só se fazia uso da escala Centesimal. Em 1978, o Dr. Galvão ao participar de um simpósio de Homeopatia no México, patrocinado pela "Homeopatia de México", entidade liderada pelo Prof. S. Ortega, tendo a oportunidade de conhecer mais profundamente sobre esta escala, adquirindo assim, alguns medicamentos nas potências escolhidas pessoalmente pelo Dr. P. S. Ortega devido a sua longa experiência (40 anos), para usá-los em sua clínica, (39 medicamentos nas potências, VI, XXX, 90).

     

  No Brasil foi preparada uma potência acima, das que foram trazidas do México, de cada um dos medicamentos, e passou a usá-los juntamente com os colegas: Drs. Louisa M. Djehdian, E. Barros Santos e Luis Orlando Liuzzi. Tendo os primeiros casos clínicos publicados na Revista Similia N° 44 de 1980 pelo Dr. Galvão.

   

  Já em 1980, após dois anos de uso e estudos com a escala 50 milesimal, o Dr. Galvão a distribuiu gratuitamente às principais farmácias homeopáticas do Brasil, sendo proposto por ele a seguinte nomenclatura para essa escala:

   

  - O nome do medicamento seguido pelo número romano, representando a potência e uma barra seguida pelo número arábico 50 000 representando a escala. Ex: Phosphorus VIII/50 000, pois, a nomenclatura usada até então no México e na Europa eram: 0/8 e LM, sendo que a primeira foi evitada para não confundir com a nomenclatura usada para as preparações inertes, e a segunda por não representar 50 000 em algarismo romano e sim 950, (50 000 = L com um traço em cima). 

   

  Comentário:

   

  "Diante das colocações apresentadas no presente trabalho é proposto aos farmacêuticos brasileiros que a 50 Milesimal seja preparada diretamente das substâncias básicas, plantas, cruas ou secas, ou demais substâncias. Este procedimento uniforme de preparação dos medicamentos permitiria uma melhor comparação dos resultados clínicos, que de outra forma, por certo, teriam comportamento diferentes.".

     

  Sendo assim, não justifica o preparo dos medicamentos na escala 50 milesimal partindo-se de Tinturas Mães e de plantas não nativas (aclimatizadas), modificando assim completamente o proposto por Hahnemann, e para aqueles que insistem neste tipo de preparação, deviam ao menos mudar o nome da escala e passar a denominá-la de "LM", pois, não teria nenhuma relação com a escala criada pelo Hahnemann. 

Referência:
Similia n° 44 de 1980,
Organon da Arte de Curar 6° Edição Trad. Do GEHSP "Benoit Mure",
Doenças Crônicas de Hahnemann Trad Do GEHSP "Benoit Mure",
PS: Comentário feito pelo Dr. George W. Galvão Nogueira. 
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