Farmácia Homeopática Bento Mure
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Bento Mure (1809 - 1858)
Benoit Jules Mure, conhecido como Bento Mure aqui no Brasil, país onde introduziu a Homeopatia, nasceu na França, em Lyon, na rua Mercers, em 4 de maio de 1809. Filho único do casal Boissart, comerciantes bem sucedidos daquela cidade. Seu pai é apontado como o inventor da panqueca.
Segundo Sophie Liet, sua esposa, Bento Mure nasceu prematuro de sete meses e possuía uma saúde frágil, desenvolvendo uma espécie de tuberculose cujo tratamento comum da época terminou de arruinar sua saúde. Tendo ido para Sicília em busca de ar puro, lá soube que em sua própria cidade natal poderia encontrar um novo tratamento para sua saúde, através de uma Medicina que acabara de nascer chamada Homeopatia.
Voltando para Lyon, foi tratado pelo Dr. Earl Sebastien Guidi, introdutor da Homeopatia na França, e a partir daí, no ano de 1833, dedicou toda sua vida e sua fortuna, de mais de quinhentos mil francos, como médico benfeitor e propagador da Homeopatia.
Formado médico pela Universidade de Montpellier, considerada o berço do Vitalismo a idéia desenvolvida por Barthez, médico e enciclopedista, em seu trabalho "Nouveaux élémens de la Science de l'homme", onde usa o termo princípio vital para explicar os fenômenos da biologia. Barthez foi professor daquela universidade quando Benoit Mure lá estudou, certamente sendo esta, mais uma influência no caminho que o levou à Homeopatia.
Terminada a universidade, estudou Homeopatia com o próprio Hahnemann, no período em que este viveu na França, sendo que, após este período viajou por toda a Europa semeando a Homeopatia por onde passava.
Em 1837 abriu uma clínica de Homeopatia em Palermo, posteriormente convertida na Real Academia de Medicina de Homeopatia.
Em 1839, fundou em Paris a Clínica na Rue de la Harpe, onde ele e seus colaboradores atendiam mais de mil pacientes por semana, sendo que, em um ano dobrou o números de médicos homeopatas naquela cidade.
Em 1842, funda o Instituto Homeopático de Saí no Brasil. Inspirado pelo socialismo utópico de Charles Fourier, Mure também criou um Falanstério próximo a São Francisco do Sul (Falanstério do Saí ou Colônia Industrial do Saí), em 1840, motivo este pelo qual veio ao Brasil.
Em 1843, cria o Instituto Homeopático do Brasil no Rio de Janeiro, sendo seu presidente até 1848, quando ele voltou para a Europa.
Benoit Mure publicou várias obras, sendo que, o livro "O Médico do Povo" foi o de maior tiragem com cinqüenta mil exemplares ma primeira edição, e trinta mil na segunda.
Publicou também diversas Matérias Médicas, entre elas "A Patogenesia de Plantas Brasileiras", até os dias de hoje a obra mais expressiva sobre experimentação pura de substâncias medicinais do Brasil.
Em 1852, introduziu a Homeopatia no Egito, onde permaneceu até 1854 quando retornou à Europa, reiniciando seu trabalho como médico e divulgador da Homeopatia, principalmente em Paris. Durante o surto de cólera, nesse período, tratou com um êxito formidável cerca de 10 mil pessoas, publicando os seus nomes para que os resultados não pudessem ser colocados em dúvidas.
Tais atitudes lhe causaram grandes perseguições, como na cidade de Gênova, onde teve sua vida ameaçada e foi obrigado a fechar seu consultório, gerando uma manifestação popular citada pelo Dr. Piort no Jornal do Galican Society (sessões do Congresso, Julho de 1855) : "...O povo foi duas vezes ao Palácio Municipal clamando - "Homeopatia ou morte...".
O governo teve de trazer tropas de Turim, e criar uma grande força contra a revolução, cujo princípio era a liberdade de escolha em relação as suas convicções do tratamento médico.
Depois de dois invernos rigorosos na Europa, voltou para o Egito, onde continuando seus trabalhos faleceu no Cairo em 4 de março de 1858.